Andrew Carlssin
A história misteriosa do homem que teria previsto o futuro
HISTÓRIAS INCRÍVEIS
Arthur Noronha
5/17/20254 min read


Por Arthur Noronha
17 de maio de 2025
No universo das histórias misteriosas que misturam mistério, finanças e ficção científica, poucas são tão intrigantes quanto a de Andrew Carlssin. Esse nome se tornou sinônimo de uma das lendas urbanas mais discutidas na internet desde o início dos anos 2000. Tudo começou com uma notícia que, à primeira vista, parecia saído diretamente de um roteiro de filme: um homem teria entrado na bolsa de valores com um investimento inicial modesto e, em poucas semanas, transformado esse dinheiro em uma fortuna inimaginável, graças a previsões que pareciam desafiar o tempo.
O valor inicial foi de 800 dólares, quantia pequena para os padrões de Wall Street. No entanto, em apenas 14 dias, Carlssin teria conseguido multiplicar esse dinheiro em mais de 350 milhões de dólares. A velocidade e a precisão de seus investimentos chamaram a atenção não só dos investidores, mas também das autoridades responsáveis pela supervisão do mercado financeiro. Como era possível que um investidor novato, sem histórico conhecido, conseguisse prever com tanta exatidão os movimentos do mercado, que são conhecidos por sua imprevisibilidade e volatilidade?
A resposta que circulava naquele momento era surpreendente e beirava a incredulidade: Andrew Carlssin afirmava ser um viajante do tempo, vindo do ano 2256. Segundo ele, tinha acesso a informações futuras, o que explicaria sua habilidade quase sobrenatural de prever eventos com precisão absoluta. A ideia, embora fantástica, ganhou repercussão imediata e fez com que o caso fosse amplamente discutido em fóruns, blogs e programas de rádio voltados para temas de mistério e ciência.
Mas nem tudo é tão simples quando falamos de relatos como esse. Logo após a divulgação da história, teria ocorrido uma intervenção da SEC, a agência americana que regula e fiscaliza o mercado de capitais. Andrew Carlssin teria sido detido para interrogatório, com o objetivo de descobrir como ele conseguia informações privilegiadas e suspeitas de manipulação do mercado. No depoimento, ele teria se recusado a fornecer qualquer explicação concreta, repetindo apenas que vinha do futuro. Esse comportamento enigmático apenas alimentou o mistério, enquanto as autoridades tentavam desvendar se estava diante de um gênio da bolsa, de um fraudador ou de algo completamente diferente.
Após a breve prisão, Carlssin teria sido liberado sob a condição de não revelar seus “segredos” e, em seguida, desapareceu sem deixar rastros. Há quem diga que ele fugiu usando uma máquina do tempo escondida dentro de um elegante Mercedes-Benz, um detalhe que parece ter saído diretamente das páginas de um romance de ficção científica. A história se encerra ali, deixando no ar inúmeras dúvidas e uma aura de mistério que permanece até hoje.
Porém, ao analisarmos os fatos com um olhar mais crítico, percebemos que não há nenhuma evidência concreta para sustentar a veracidade dessa história. A notícia original foi publicada pelo Weekly World News, um tabloide conhecido por suas matérias sensacionalistas e fictícias. Nenhuma autoridade financeira, nenhum documento oficial ou registro público confirma a existência de Andrew Carlssin, tampouco que tenha havido uma investigação da SEC relacionada a ele. Em outras palavras, tudo indica que estamos diante de uma história criada para entreter, despertar curiosidade ou até provocar debates sobre o que poderia ser possível no futuro.
Mas por que essa história continua tão popular? Talvez porque ela encarna um desejo muito humano de desafiar os limites da realidade e imaginar como seria ter controle absoluto sobre o futuro. Quem nunca pensou em poder prever o que vai acontecer, seja para evitar erros, conquistar fortuna ou simplesmente para entender melhor o mundo ao redor? Carlssin, real ou não, tornou-se um símbolo desse fascínio, uma espécie de personagem moderno que alimenta nossa imaginação.
Além disso, a narrativa também toca em temas que nos são caros e atuais: a incerteza do mercado financeiro, o poder da informação e as possibilidades da tecnologia. A ideia de viagem no tempo sempre foi um tema fascinante na literatura e no cinema, levantando questões sobre o destino, o livre-arbítrio e as consequências das nossas ações. A história de Carlssin, por mais fantasiosa que seja, é um convite para refletirmos sobre essas questões.
É interessante notar que, apesar de ser uma fábula, a história do suposto viajante do tempo trouxe um debate mais amplo sobre ética, investimento e manipulação de mercado. Se alguém tivesse realmente acesso ao futuro, o que isso significaria para a justiça e a igualdade? Seria justo permitir que uma pessoa tivesse essa vantagem? Essas perguntas, que surgem no contexto da ficção, têm sua relevância no mundo real, onde a informação é um ativo valioso e a manipulação do mercado é um crime sério.
Em resumo, Andrew Carlssin não passa de uma figura envolta em mistério, fruto de uma combinação de desejo, criatividade e talvez um toque de ingenuidade coletiva. A história dele é um lembrete de que, mesmo na era da informação e da tecnologia avançada, ainda temos espaço para os enigmas que nos desafiam a pensar além do óbvio. Quem sabe, no futuro, descobertas científicas ou tecnológicas não tragam respostas para algumas das perguntas que hoje parecem apenas fantasias?
Por enquanto, podemos apenas imaginar quem foi Andrew Carlssin e o que realmente aconteceu naquela breve passagem pelo mundo dos investimentos. Entre fatos e ficção, o que fica é o fascínio por uma história que, apesar de tudo, continua viva na mente daqueles que adoram um bom mistério.