Antonio Villas Boas
A abdução que mudou o Brasil e abriu os olhos do mundo
HISTÓRIAS INCRÍVEIS
Arthur Noronha
5/21/20253 min read


Por Arthur Noronha
21 de maio de 2025
Na calmaria de uma noite rural no interior de Minas Gerais, em outubro de 1957, um jovem lavrador brasileiro viveria uma das experiências mais controversas e enigmáticas do século XX. O nome dele era Antonio Villas Boas, um rapaz de 23 anos, simples, trabalhador, que jamais poderia imaginar que sua história se tornaria referência mundial quando o assunto é abdução alienígena.
Antonio vivia com a família em uma fazenda na cidade de São Francisco de Sales. Como muitos agricultores da época, seu cotidiano era marcado por uma rotina dura e repetitiva, com longas jornadas sob o sol. Na noite de 16 de outubro daquele ano, Villas Boas trabalhava no campo durante a madrugada, arando a terra com seu trator, quando viu no céu uma luz intensa e avermelhada. A princípio, pensou se tratar de um avião ou talvez uma estrela brilhante demais. No entanto, a luz se aproximava com velocidade e precisão, até pairar sobre o campo. Foi então que tudo mudou.
Segundo o próprio relato de Antonio, a nave desceu próxima ao trator. Ele tentou fugir, mas foi capturado por seres humanoides de baixa estatura, com grandes olhos azuis e macacões metálicos. Levado para dentro do objeto voador, Villas Boas descreveu um ambiente estranho, iluminado por uma luz branca que parecia não ter fonte visível. Dentro da nave, passou por exames médicos, teve sangue coletado e, segundo ele, foi submetido a um encontro íntimo com uma entidade feminina de aparência humanoide, loira, olhos claros, que, segundo o próprio, teria o objetivo de gerar um filho híbrido.
A descrição, até hoje, choca e levanta debates. Ao retornar à Terra após cerca de quatro horas, Villas Boas foi deixado exatamente no local onde fora capturado. Atordoado, mas lúcido, voltou para casa e, nos dias seguintes, apresentou sintomas físicos como fraqueza, dores de cabeça, feridas no corpo e uma intensa sensibilidade à luz, o que o levou a buscar ajuda médica. Na época, foi atendido pelo médico e ufólogo Dr. Olavo Fontes, do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiológicas, que considerou o caso legítimo e coerente com outros relatos investigados no exterior.
O que torna o caso Villas Boas ainda mais intrigante é o contexto. Em 1957, o Brasil era praticamente desconectado das discussões sobre discos voadores e vida extraterrestre. Diferentemente de casos nos Estados Unidos ou na Europa, aqui não havia uma cultura midiática sobre o tema, tampouco influência significativa da ficção científica na vida de um agricultor isolado. Isso conferiu à história uma autenticidade difícil de ignorar. Ele não buscou fama, nem fortuna, e só veio a público meses depois, através de investigadores interessados em fenômenos aéreos não identificados.
Durante décadas, ufólogos de todo o mundo estudaram o caso. Ele foi citado em conferências internacionais, livros, documentários e programas de televisão. Enquanto céticos alegam que tudo não passou de um delírio ou invenção, outros afirmam que o relato se mantém coerente demais para ser desacreditado. Villas Boas nunca alterou sua versão dos fatos, nem recuou em sua convicção. Ele morreu em 1991, já formado em Direito, casado, com filhos e uma vida construída longe dos holofotes.
O legado de sua experiência, no entanto, permanece vivo. Mais de seis décadas depois, o nome Antonio Villas Boas ainda é mencionado em estudos sérios sobre abduções, sendo considerado o primeiro caso documentado do tipo em todo o mundo. Uma história que não apenas antecipou padrões vistos em relatos posteriores, mas que abriu caminho para que o fenômeno extraterrestre fosse debatido com mais seriedade dentro e fora do Brasil.
Num país onde muitos ainda têm receio de falar sobre o assunto, Villas Boas teve coragem. E por isso, sua história continua a inspirar pesquisadores, inquietar cientistas e alimentar a curiosidade de todos aqueles que olham para o céu e se perguntam se, de fato, estamos sozinhos no universo.