O Mistério da Escola Ariel

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MISTÉRIOS

Arthur Noronha

5/24/20253 min read

Por Arthur Noronha – 24 de maio de 2025

Em meio ao calor seco e ao cenário tranquilo de Ruwa, uma pequena cidade nos arredores da capital Harare, no Zimbábue, uma manhã comum de setembro de 1994 transformou-se em um marco indelével na vida de dezenas de crianças. A Escola Ariel, uma instituição privada frequentada por alunos de famílias de classe média e alta, tornou-se o centro de um dos relatos mais intrigantes e controversos da ufologia moderna.

Era uma sexta-feira, 16 de setembro. O céu estava limpo, como em muitos outros dias na região. As crianças estavam em seu horário de intervalo, brincando no amplo campo de areia e vegetação ao redor do colégio. Os professores estavam reunidos em uma conferência no interior do prédio, deixando os alunos supervisionados apenas por funcionários da escola. Entre risos, corridas e conversas infantis, algo extraordinário aconteceu. Algo que até hoje continua sem explicação.

De repente, um brilho intenso no céu chamou a atenção de um grupo de estudantes. Alguns pararam, outros se aproximaram, curiosos. Uma espécie de objeto metálico, de formato discoide, teria descido suavemente até tocar o solo em uma área de mato a poucos metros de onde as crianças estavam. Mas não foi apenas a suposta nave que causou espanto. Do artefato, de acordo com as testemunhas, desceram figuras de pequena estatura, com olhos grandes e negros, cabeças desproporcionalmente grandes e corpos esguios. A aparência era tão diferente de tudo que já haviam visto que muitos ficaram paralisados.

O mais impressionante foi a reação das crianças. Em vez de pânico generalizado, houve um silêncio pesado, como se todos estivessem sob o mesmo encantamento ou estado de perplexidade. Alguns correram, outros permaneceram observando. Relatos colhidos posteriormente descreveram que as figuras não falaram, mas se comunicaram de maneira estranha, quase telepática. Muitas crianças afirmaram ter sentido uma mensagem clara, que não vinha de palavras, mas de sensações: uma advertência sobre o planeta, sobre o rumo destrutivo da humanidade em relação ao meio ambiente e à tecnologia.

No total, foram 62 alunos que relataram o ocorrido. Todos com idades entre 6 e 12 anos. Os desenhos que fizeram em seguida, espontaneamente, apresentavam detalhes semelhantes, como a forma da nave e a aparência dos seres. O que mais impressionou os adultos foi a consistência entre os depoimentos. Psicólogos foram chamados. O caso ganhou proporções internacionais quando o psiquiatra John Mack, professor da prestigiada Universidade de Harvard e especialista em experiências de abdução, viajou ao Zimbábue para investigar pessoalmente os relatos.

Dr. Mack entrevistou as crianças individualmente, sem presença de outros colegas ou adultos. As entrevistas foram registradas em vídeo. Em seus relatos, as crianças não apenas repetiam os detalhes, como demonstravam uma genuína emoção – algumas choravam ao se lembrar, outras desenhavam enquanto descreviam. Mack, conhecido por sua abordagem cética e científica, ficou profundamente impressionado. Ele declarou publicamente que não havia sinais de delírio coletivo ou manipulação. Para ele, essas crianças realmente acreditavam no que estavam dizendo.

Ainda assim, o caso foi amplamente ignorado pela grande mídia internacional. As autoridades locais trataram o episódio com ceticismo, e a escola, temendo repercussões, passou a evitar o assunto. Com o passar dos anos, o caso caiu em relativo esquecimento, mantendo-se vivo apenas nos círculos da ufologia.

No entanto, duas décadas depois, jornalistas e cineastas voltaram ao Zimbábue em busca dos envolvidos. Encontraram alguns dos ex-alunos, agora adultos, vivendo em diferentes partes do mundo. E o mais surpreendente: muitos ainda se lembravam do evento com clareza assustadora. Alguns haviam tentado esquecer. Outros disseram ter enfrentado anos de dúvidas e crises existenciais. Mas todos foram unânimes em afirmar que o que viram naquele dia foi real. E que jamais foram os mesmos depois.

O Caso Ariel School continua a ser um dos eventos mais convincentes e, ao mesmo tempo, mais controversos dentro do estudo de fenômenos não identificados. Uma história que desafia explicações fáceis, que ultrapassa fronteiras culturais e que, sobretudo, nos convida a refletir. E se, por um breve momento em 1994, um grupo de crianças realmente teve contato com algo além da nossa compreensão? Não seria o caso de escutar, com mais atenção e menos julgamento, aquilo que os olhos da infância viram quando os adultos não estavam por perto?