Ilkley Moor

O encontro que o Reino Unido nunca esqueceu

HISTÓRIAS INCRÍVEIS

Arthur Noronha

5/21/20253 min read

Por Arthur Noronha
21 de maio de 2025

Na manhã fria de 1º de dezembro de 1987, no condado de West Yorkshire, Inglaterra, um homem saiu para sua caminhada habitual. O cenário era o campo aberto de Ilkley Moor, uma vasta extensão de vegetação selvagem, colinas onduladas e atmosfera misteriosa. Um lugar conhecido por sua beleza natural, mas que, naquele dia, se tornaria palco de um dos casos mais intrigantes da ufologia britânica.

O protagonista desse episódio era um ex-policial, conhecido apenas pelo pseudônimo de Philip, que havia se aposentado recentemente por motivos de saúde. Era alguém acostumado com o rigor da observação, treinado para perceber detalhes, e por isso, seu relato ganhou notoriedade e respeito dentro das investigações.

Segundo Philip, enquanto caminhava entre as brumas da manhã, algo inesperado chamou sua atenção. À sua frente, a cerca de 25 metros, viu uma figura de aparência incomum, com aproximadamente 1 metro e meio de altura, pele esverdeada acinzentada, cabeça desproporcional ao corpo e braços longos. A criatura parecia se mover com pressa, quase como se tivesse sido surpreendida pela presença do homem. Atônito, Philip instintivamente pegou a câmera que levava consigo e conseguiu registrar uma única foto antes de a figura desaparecer atrás das rochas.

Ao se aproximar do local onde havia visto o ser, ele se deparou com marcas no solo, semelhantes a pegadas, e uma sensação estranha no ar, como se o ambiente estivesse carregado de eletricidade. Em estado de confusão, Philip tentou compreender o que havia acontecido, mas logo percebeu que algo ainda mais desconcertante estava por vir.

Horas depois, ao retornar para casa, ele percebeu que havia um lapso em sua memória. Aproximadamente duas horas pareciam ter sido apagadas de sua consciência. Sem conseguir lembrar o que fizera nesse intervalo, começou a experimentar sintomas de ansiedade e sonhos vívidos com luzes, formas geométricas e salas desconhecidas. A partir disso, foi encaminhado por ufólogos a sessões de hipnose regressiva, conduzidas por especialistas. Nessas sessões, ele descreveu uma sequência surpreendente de eventos.

Segundo os relatos sob hipnose, Philip teria sido levado a bordo de uma nave, onde passou por exames físicos realizados por seres com olhos negros e profundos. Ele descreveu instrumentos metálicos, uma luz intensa e um ambiente sem janelas, mas extremamente iluminado. Também relatou uma comunicação não verbal com os seres, uma espécie de transferência mental de ideias, como se compreendessem seus pensamentos instantaneamente.

A foto tirada por Philip passou por várias análises técnicas. Ainda que a imagem fosse de baixa qualidade, devido à distância e às condições de luz, especialistas afirmaram que não havia indícios de manipulação ou montagem. O negativo do filme foi autenticado por laboratórios independentes, reforçando a credibilidade do material.

O caso rapidamente se espalhou pelos jornais e revistas especializadas em fenômenos inexplicáveis. Diferente de outras histórias ufológicas que surgem sem provas tangíveis, o episódio de Ilkley Moor oferecia algo concreto: uma imagem, um relato consistente, e uma sequência de investigações documentadas. Ainda assim, ele dividiu opiniões. Céticos alegaram que poderia se tratar de um alce ou outra criatura capturada de forma distorcida pela lente. Já estudiosos do fenômeno OVNI apontaram para a coerência entre o relato de Philip e outros casos de abdução registrados em diferentes partes do mundo.

Ao longo dos anos, Philip evitou os holofotes. Não buscou fama, não publicou livros, nem tentou capitalizar sobre o ocorrido. Sua postura reservada, combinada com seu passado como policial, conferiu ao caso uma aura de autenticidade difícil de ignorar. Mesmo hoje, quase quatro décadas depois, Ilkley Moor ainda atrai curiosos, pesquisadores e entusiastas da ufologia que desejam visitar o local onde tudo aconteceu.

O caso permanece sem explicação definitiva. Uma mistura de evidências físicas, relato humano e um mistério que se recusa a desaparecer. Em meio à névoa do campo inglês, o encontro de 1987 ecoa como um lembrete de que há mais perguntas do que respostas quando se trata do que pode estar além do nosso mundo.